Aqui parece o tempo voa com o vento de fim da tarde. Faz tempo que não sei mais transformar as palavras nos sentimentos que sinto, que não sei o suficiente do que faço e nem sei bem quem sou. Mas eu não sou de ansiedades, de voltar as costas num tripé de medo e me manter acordado só porque sim. Olho o relógio, desligo os minutos e tenho as horas e com elas fico com tempo para procurar letras e com elas fazer palavras e escrever frases que direi.
É o fim dum verão e como todos os verões se vão os amores perfeitos deixar de florir com o brilho de verão.
Se tem dias que eu penso que viver ou morrer de amores é uma coisa linda de morrer, tem dias que viver é tão mais bonito que nem penso nesse final feliz. Os ossos podem doer, as articulações já não articulam como eram e a velocidade do pensamento já não acompanham os desejos.
É fim de verão, graças ao tempo que corre à velocidade de 24 horas por dia
Sanzalando