Hoje passeio na minha praia como se o zulmarinho fosse um pedaço de mim, pés nele até ao joelho, caminho em ritmo desacertado e desconcertado, ao sabor das ondas, num vai e vem ondulante como se emborcado eu estivesse. Acho estas ondinhas igual que nem pessoas a me querer derrubar, destruir, fazer cair. Mas eu penso sou forte e só onda forte que nem calema me vai tirar deste passeio que imaginei dar.
Sei, que neste caminhar da vida me vou despindo, mostrando o que sou, o que fui sem imaginar o que serei. Mostro as minhas fases como se face da lua fosse e cada vez que uma onda me desequilibra, o meu labirinto corrige o rumo e me mostro sem me deixar afundar ou afogar em rancor.
Hoje aprecio o zulmarinho de dentro dele mesmo
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário