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21 de outubro de 2018

amizade outonal

Resplandeceu o sol que parece voltou com brilho de verão. O engraçado dele é que ele trás o sorriso nas caras carrancudas de outono e o brilho nos olhos mortiços da cinzenta manhã que parece não consegue romper o cacimbo da aurora.
Com o sol me trouxe tambem a vontade de ver o zulmarinho e meditar enquanto lhe caminho paralelo, assim num vagabundear de ideias aparentemente soltas mas se pegadas na ponta se vai até à outra ponta da meada, com muitas interrogações entremeadas.
A amizade vai para além da lealdade, do estar ao lado, do respeitar, do proteger ou guardar. Mete ai escutar, entressanduicha aí complementar ou abraça a ideia de ser a peça que falta num dado momento impreciso quando é preciso.
Assim vou eu aproveitando o sol de outono quase verão.
Junta nisso tudo aquela palavra que abriu a ferida, que consome a comodidade de estar de acordo, que deu assim um choque no peito que até parece uma chapada sem mão. Assim, tudo bem misturadinho e está a amizade. A verdadeira, aquelas que ficam independentemente do que quer que aconteça ao tempo de sol ou ao de relógio.


Sanzalando

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