Na minha alegre adolescência eu tive um amor assim de quase morrer. Só não morri porque não tem como passar certidão de óbito dizendo que morreu de amores.
Nesse tempo eu me achava infeliz porque ela só me via como o seu amigo e nunca olhou para mim com aquele olhar que a gente sabe ser de gostar. Ela me sorria e meu coração parava.
Viver um amor assim devia ser proibido. Como deveria ser ainda mais proibido recordar esse amor de morte quase morrida. Se eu, ateu, implorava a todos os santos e mesmo aos que não o eram, imagina como doía esse amor.
Esse amor morreu e eu ainda cá estou para lhe contar que não se morre de amores, mesmo quando o mundo desaba no coração da gente.
A gente sofre de amor e sorri a lhe recordar.
É paradoxal.
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