Tem vezes que eu me transformo em ruína que até parece um escombro de mim. Me desfaço de corpo e alma, me despego e largo-me ao vento. Triste e cansado, dorido, magoado ou simplesmente desapontado. Motivos há e, aos poucos, depois de me refazer da surpresa, me reergo, pedra a pedra, pensamento em pensamento e sorrio. Afinal de contas eu sou um ser que tal como os seres tem altos e baixos. Mas a minha certeza é que eu me consigo agarrar e fazer uma escada, uma grua, uma alavanca e recomeçar.
É bom ter capacidade para recomeçar. Primeiro é sinal que estou cá e consciente de mim. Depois é porque a minha capacidade mental não foi beliscada, amarrotada ou atropelada pela velocidade do tempo.
Ergo-me tantas as vezes quantas as necessárias. Sorrio porque me apetece sorrir, vivo porque gosto. Uns dirão que é o Karma, outros que é o destino, outros que está escrito nalgum livro dos deuses. Eu digo só porque sim.
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