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4 de fevereiro de 2009

Dando a Volta ao Mundo da Imaginação(VIII)

Calcei os meus nonkakus e perdi-me nas caminhadas dum deus dará. Na verdade de verdade não sei se foi telepatia. Não confundir com a tia do Péle nem com música da outra, mas a verdade é que eu estava a começar a minha viagem e dou por mim em Marraquexe, quando me tocou o telefone e o som que vinha desde o outro lado era assim uma espécie de arabesco misturado com muito ruído. Por isso me levantei e fui logo fazer um chá enquanto esperava que o trim voltasse a funcionar.
Marraquexe é por onde eu começo e não vou a Rabat que lá por ser a capital não me seduz. Se calhar é por isso mesmo.
Afinal de contas ele não faz parte da União Africana porque deve pensar que é Europa ou quê? Deve ser ainda influência dos romanos. Aqueles gajos estragaram tudo por onde passaram, excepto a Gália, mas só porque lá tinham o Asterix e aqui em Marrocos que eu saiba só tem aquele senhora que me quer vender uma tapete e até fechou a loja só para me convencer mas eu não lhe entendo e não lhe ligo. Porque para comprar era só um e tinha que ser voador. Daqui finjo que olho para Casablanca e não sei se ainda lá está o senhor Bogard nem a Ingrid. Mas isso é outra estória que não cabe nesta imaginação. Lá longe ficou Ceuta que acho que não ficou portuguesa porque as escadas só chegavam a meia altura das muralhas. Pormenores, penso eu. Mas eu também não vim aqui buscar nenhum dos esquecidos.
Mas vamos ao importante que é a viagem sem ter que levar com o pó.
Marrocos é um país de extremos e oferece coisas muito variadas a todo o tipo de turistas, quer esteja à procura de um destino de luxo ou quer vá de mochila usando transportes públicos e a boleia
Conheço imensa gente que já visitou Marrocos e diz que não gostou. Pergunto onde viajaram e respondem que foram de carro, ok, e que só visitaram Chefchaouen, Fez e Casablanca. E não gostaram. Ora eu também se fosse a essas cidades nunca mais lá queria por os pés. O melhor destes 3 destinos mencionados é sem dúvida Chefchaouen, mas depois da decadência louca de Fez e da emblemática cidade “estilo europeu” que é Casablanca, já não sabe tão bem apreciar o que de melhor lá existe.
Portanto o melhor mesmo é pôr quilómetros na viatura e quase não parar para ver tudo.
Mas a sorte que não é altura das tempestades de areia. Pois se não estava agora a deitar perdigotos para limpar a que tinha entrado enquanto não me calava.



Sanzalando

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