recomeça o futuro sem esquecer o passado

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3 de maio de 2009

Capítulo Primeiro (13 e último)

Antes de beijar e abraçar todos aqueles sorrisos que me esperavam, de cumprir as formalidades que imaginava me esperavam, eu me fiz um resumo. Antes de deixar o chão do grande avião que me tinha levado, imediatamente após o abrir das portas, eu fiz um recuo no tempo e num flash de memória vi que a nossa estória de amor se tinha escrito, como todas, em tintas de tristeza e rabiscos de alegrias, num amor verdadeiro, o meu, e nada mais. Ali, pronto a reenfrentar-me, nada mais me interessava, nem frases bonitas nem palavras não ditas. Aliás, todas as frases pareciam-me já terem sido ditas, pelo menos pensadas e todas me pareciam iguais. Aqui chegado dei conta que a vida corre depressa e eu me tinha esquecido de vivê-la, procurando complicações em remorsos, fantasias imagináveis duma estória de amor criada em premissas que só tinham um lado.
Afinal de contas, foi uma estória de amor que terminou, como todas, diluída no tempo, ferida de substância e marcada pela renúncia de alguma coisa que se calhar valia mais que esse amor adolescente que imaginei.


Sanzalando

1 comentário:

  1. Obrigada por teres partilhado connosco esta história de amor que tantos escondemos dentro de nós.
    SJB

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