Caminhando sobre a areia numa levitação mental, paralelo ao mar que transpira silêncios e serenidades, recuso-me a dizer chega. Nunca me conformei com um fim mesmo que eu achasse que tinha chegado a hora. O acabou sempre me pareceu um definitivo complicativo composto. É sempre melhor catalogar como adiado indefinidamente ou parado até um qualquer dia de nunca. Assim consigo dormir sorrindo, acordar cantarolando e esperar que um dia o dia tenha fim definitivo e sem eu dar por ele, sem adormecer sorrindo e sem me acordar para se despedir.
O fim, o acabou, parece-me demasiado triste, parece-me uma corrida em que corro sem me mexer, uma tempestade em céu azul, uma revolta do mar num planalto imaginário. É um pavor calmo que me faz sentar na cama para apagar um pesadelo e poder voltar a dormir de sorriso na cara.
Caminho na praia, levitado sobre um fim que adiei eternamente ou não, tudo depende do tempo que terei para não chegar ao fim, esse definitivo complicativo composto.
Ainda não cheguei ao fim de um acabou. Por agora.
Sanzalando
Num composto
ResponderEliminarDeserto e mar
Sem catalogar
Vou caminhando sobre a areia
Tudo depende do tempo
do tempo que terei
Do planalto ao mar
Por agora
é tempo de sonhar
Sonhar com o mar
Sem um definitivo
Complicativo composto
Se eu disser que fiquei confusa. ficaria mau? na verdade eu ja estava confusa antes de ler..(risos) mas isto me deixou mesmo misturada nos meus pensamentos. poré,. não vou negar que gostei
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