Me enrolo nos pensamentos como a querer encontrar um que me sirva de leme para as palavras que eu te queria dizer. Me emaranho numa teia deles e desconsigo ver o que é mais assim do meu gosto, que traduz a minha alma e me liberta das muitas prisões que ainda não consegui libertar. Acho me atirei num rolo de arame farpado de pensamentos cinzentos e ponteagudos como a querer dizer que não tenho hipotese nenhuma.
Me atiro para lá do horizonte para ver se vejo mais claro e o novelo permanece embaraçado que nem baraço dum pião que nunca soube atirar.
Me descanso no vazio dum dia de sol carregado de chuva que não para de cair num qualquer lugar do mundo meu e penso que até o sol brilha, mesmo estando sozinho lá em cima.
Me liberto para me aprisionar numa sucessão inacabada de linhas mestras que um dia vão vigorar. Eu sei, que nunca acertei numa adivinha.
Sanzalando
Um dia vão vigorar
ResponderEliminarLinhas mestras
Para te libertar
Para lá do horizonte
O sol brilha
Sem aprisionar
A minha alma
A minha liberdade