outros que era serio de mais,
que ser feio era pouco,
e lindo é que não estás.
Já me elogiaram
me xingaram
maltrataram
e gozaram.
Eu apenas sorri
porque sei que não vou mudar,
que o meu jeito é assim,
não vale se quer tentar.
Foi assim que agarrei no violão e parti rua abaixo. Eu ia fazer sucesso na música. Aprendi uma nota. Mas devia ser falsificada pois não dava jeito eu fazer música com ela. Os dedos se feriam e o som mais parecia uma chiadeira que qualquer tentativa de musical. A rima era imperfeita e o assunto não arrastava multidões. O futuro não estava na música, nem na letra. Até hoje não sei cantarolar, nem em silêncio, uma única canção. Mas eu gosto do meu samba sem música, esse ou outro qualquer, que eu invento nas minhas noites de luar em que serenato-me como quando eu tinha a idade de não ter barba. Só que agora já não tenho mais a companhia dos amigos que sabiam que eu nunca ia cantar, ia só mesmo mexer os lábios e mostrar os olhos brilhantes de paixão.
Sanzalando
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