Me sentei na falésia, mesmo perto da Fortaleza, pés firmes numa pedra.
Atirei os pensamentos para a baía e me deixei voar atrás deles como se quisesse ver-me por fora, lágrimas escorrendo na cara. Tinha machucado o coração. Meu coração adolescente tinha levado a sua centésima porrada de amor. Uma vez mais eu era ignorado e ali na falésia eu podia chorar que da marginal ninguém me ia ver.
Me levantei e me dei comigo a dizer que ninguém escapa a um mal de amor. Me dei força e prometi nunca mais amar sem limites, me entregar de alma e coração. Meu amor passaria a ser só na superficialidade da pele. Me prometi com a convicção que eu sabia que ia cumprir, pelo moenos nos próximos minutos, enquanto me lembrasse deste terrível desgosto que me estava a afogar um coração adolescente.
Te digo que tinha feito muitos sonhos da gente juntinho numa varanda de cadeiras de baloiços a contar nos netos a aventuras que a gente ainda ia viver.
Me antecipei e não me vi num outro desgastante desgosto.
Depois de levantado, olhei a estradinha que passa lá em baixo, recta grande que é em curva, imaginei tantos lugares, alguns que até não tinha nunca ouvido falar porque não tinha ido na aula de geografia, se calhar. Acho até sonhei que ia escrever o nosso livro, um romance de amor daqueles que ferve só de olhar a capa. Mas, dizia, olhada a estradinha decidi que não ia mais sair daquela cidadezinha, não ia mais sofrer de amor e o meu mundo não ia mais para além do meu olhar.
E foi assim que nunca mais esqueci o amor da minha vida.
Atirei os pensamentos para a baía e me deixei voar atrás deles como se quisesse ver-me por fora, lágrimas escorrendo na cara. Tinha machucado o coração. Meu coração adolescente tinha levado a sua centésima porrada de amor. Uma vez mais eu era ignorado e ali na falésia eu podia chorar que da marginal ninguém me ia ver.
Me levantei e me dei comigo a dizer que ninguém escapa a um mal de amor. Me dei força e prometi nunca mais amar sem limites, me entregar de alma e coração. Meu amor passaria a ser só na superficialidade da pele. Me prometi com a convicção que eu sabia que ia cumprir, pelo moenos nos próximos minutos, enquanto me lembrasse deste terrível desgosto que me estava a afogar um coração adolescente.
Te digo que tinha feito muitos sonhos da gente juntinho numa varanda de cadeiras de baloiços a contar nos netos a aventuras que a gente ainda ia viver.
Me antecipei e não me vi num outro desgastante desgosto.
Depois de levantado, olhei a estradinha que passa lá em baixo, recta grande que é em curva, imaginei tantos lugares, alguns que até não tinha nunca ouvido falar porque não tinha ido na aula de geografia, se calhar. Acho até sonhei que ia escrever o nosso livro, um romance de amor daqueles que ferve só de olhar a capa. Mas, dizia, olhada a estradinha decidi que não ia mais sair daquela cidadezinha, não ia mais sofrer de amor e o meu mundo não ia mais para além do meu olhar.
E foi assim que nunca mais esqueci o amor da minha vida.
Sanzalando
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