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21 de março de 2012

faz de conta

Faz de conta são 11 duma manhã de sol não quente que me fez ficar sentado na esplanada da Oásis em vez de ir ver as garinas bonitas na praia. Faz mesmo só de conta assim num faz favor de me fazer companhia, que os habituais estão a trabalhar e não me apetece estar aqui sozinho, acordado pelos pensamentos que me povoam a cabeça e me podem estragar o resto dum dia qualquer que eu tenha inventado.
No Turismo não está ninguém. No Avenida não faço odeia porque nunca me habituei a lá ir a não ser no intervalo das matinés de domingo. 
Faz de conta e te senta aqui comigo a dialogar palavras que não dão sono em que juntamos imagens coloridas de tantas ruas, como a das Hortas e a da Fábrica para não esquecer a Avenida do Bonfim. Senta só um bocado se é que tens pressa e me fala do Bairro da Mineira, do Forte de Santa Rita, da Torre do Tombo, Sanzala dos Brancos e do Bairro da Junta Autónoma das Estradas. Me conta só casa a casa quem que fazia o quê. Não me deixes embrenhar num caminho solitário até na Sofrio que não me apetece comer caranguejos das hortas nesta horas de faz de conta são 11 horas.
Te senta aqui e me conta uma estória, inventada ou verdadeira, que me faça recordar uma rua escondida da cidade que passeio em fim de tarde faz de conta são 11 horas duma manhã de sol fraco que não me leva a ir na praia ver as garinas.
Se já me tivessem inventado a televisão eu iria estar esparramado num sofá a fazer um zaping e não estaria a te pedir para fazeres de conta que estás aqui comigo a me contar uma estória.
Preciso manter os meus pensamentos distantes um bocado.
Senta aqui e me conta qualquer coisa do Bairro da Facada, por exemplo.
Tanto te pedi que não me ligaste, como sempre e eu faço de conta são 11 da manhã e me afogo nos pensamentos que queria ver distantes.
Valeu ter comido um pastel de nata e bebido uma coca cola que já me tinham inventado faz muito tempo.

Sanzalando

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