Minha cabeça parece remoinho de rio depois de chuvada lá nos lados do planalto. Até mais parece me afogaram dentro dum vaso de ideias soltas em que meu intelectualmente forte vagabundar de memórias se tornam moles, frouxas, caducas e se calhar repugnantes. Meu olhar permanece parado, fixo num ponto perdido do tempo. Irreconhecível, reconheço.
Procuro razão e a única que encontro, repescada, rebuscada, forçada e ao mesmo tempo insuficientemente esclarecedora, é que eu parei nuns anos mais lá para a adolescência, onde eu hoje iria aos anos dela.
Indecisões, decepções, amores e desamores, choros e gargalhadas, mesmo que me atolassem eu não iria estar assim.
De facto hoje não me salta à memória nenhuma memória.
Hoje não deu para mais.
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