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29 de março de 2014

olha para mim

Olha para mim de cabelos ao vento, olhos semi-cerrados como que a proteger dalguma areia perdida, a olhar o horizonte de parte incerta.
Olha para mim nesta vida desarrumada de casa alugada a termo certo.
Olha para mim a não fazer nada mas a imaginar tanto.
Olha para mim de vida estragada ou eu a estragá-la.
Olha para mim e eu sou mesmo esse, de olhos semi-cerrados a proteger-me do vento que sopra a favor desse meu horizonte incerto e eu quase perto.
Olha para mim e me diz gostiiiiiiiii, com o teu sorriso malandro de quem está para fazer alguma que me faça feliz.



Sanzalando

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