Já passeei na praia, me sentei na areia, me atirei da falésia, mergulhei no mar só para ter inspiração e normalmente ela vai chegando devagarinho e não me surpreende. As palavras vão chegando docemente e eu sei que me falam de ti, em prosa ou em verso não poético, dizendo o quanto tu me és importante, coração. Imagina só eu ser um poeta que te escreve poemas de amor e tu és o papel onde escrevo as minhas palavras. Imagina só eu ser poeta e dizer-te em versos de certa métrica, pela milésima vez que tudo o que sou agora devo a ti.
Já me afundei no sofá lacrimejando, no lancil do passeio em pranto ou no muro da esquina em espanto escrevendo palavras e tanto pela tristeza de te poder perder um dia, ao fim de tarde, como se fosses uma noite que chegava para me dar nova escuridão sem lua cheia no horizonte.
Já percorri caminhos cinzentos, estradas coloridas, vielas garridas carregado de gargalhado silêncio, olhando para mim dentro e ver que todos os caminhos são caminhos de valer a pena ao ponto de ser um humano voador de sonhos e liberdade de te ter ao lado.
Sanzalando
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