Mete-me à estrada como se não tivesse um rumo e recomecei a pensar como se fosse uma primeira vez.
Troquei as voltas e verifiquei que doeu muito ter um coração partido, porém, a dor maior foi quando verifiquei que não me lembrava como é que era antes de o ter partido.
Acelerei, assim num misto de angustia e amargura, a estrada passava por baixo de mim mais depressa do que eu a podia ver ao pormenor. Sorri e pensei que a vida era a estrada e que eu tinha andado mais depressa do que devia. Quase nesse instante parei e veio-me à memória a tua frase doce a dizer-me 'respira'. Respirei e mentalmente sorri-te. Acho tu sentiste porque eu acho senti-o.
Destravei, andei ao relanti, ao sabor da suave descida, penteei-me, aprumei-me e fui ter contigo sorrindo, sabendo-me feliz porque sei o nome de todas as minhas saudades e que sei não desisto do que quero, apenas da dor.
Sanzalando
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