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15 de novembro de 2017

a brisa quer ser vento e eu silêncio

Hoje a brisa parece quer ser vento. É normal as coisas crescerem, quererem ser maiores ou melhores. Mas ò brisa, deixa-te de coisas. Está aqui uma pessoa a querer levitar o pensamento para longes sonhados ou vividos por viver e tu a despentear e empurrar, desconcentrando este recolher obrigatoriamente interior.
Imagina-te, brisa, a dar a volta ao mundo, divertir-te, soprares forte em desertos e brandamente em areais de zulmarinho. Eras simpática.
Agora aqui, a quereres sentar-te no meu colo, tirar-me do lugar, desconcentrar, ferir-me a alma e retirares-me a calma, não é racional nem razoável. Vá lá. Sejas amorosa, brisa. Sopra só assim para eu saber que estás por aqui e me deixa ir vagabundar pensamentos para onde me apetecer num levitar de ideias sem vontade de voltar.
Ops... não te deixas enganar, brisa, e queres ser vento hoje? Queres ser tu quem decide a tua atitude? Desculpa me misturar no teu desejo. Hoje fico então aqui em silêncio.


Sanzalando

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