Olho o mar. O meu zulmarinho está sereno parece chão feito de céu. O marulhar é silêncio. A maresia é intensa. O pensamento é vago. Cheio de força porém saltita de lugar em lugar como se eu fosse um salalé, com a destreza duma gazela, com a beleza duma onça e a suavidade duma borboleta. Fui desde a Torre do Tombo até no forte de Santa Rita. Fui desde a marginal até na Junta Autónoma das Estradas. Cruzei a cidade cidade, vi cada casa e seu encanto, vi os sorrisos na janela de quem lá estava, assim como que por magia, embalei nos sonhos de criança, nos lugares sagrados da minha educação, nos pontos cardeais do meu crescer. Não tirei os olhos do mar para não acordar deste vagabundante pensamento.
Me cruzei com Maria Cachucha, Vi o Faria e o Zé das Baleias. Conversei com o lobo marinho e repensei carambolas no Magriços. Comprei ginguba no Camonano, banana na Laurinda e manga no Torres. Um copo de vinho ficou por beber no Manuel Padeiro, um fino na Minhota e um pastel de Nata na Oásis.
Continuei a olhar o mar que se mantinha sereno parecido com chá feito de céu.
Fui ao Eurico, passei no Impala. Vi o Horto e o parque infantil com o seu cavalinho de madeira a bumbar no para frente e para trás que parecia ia ter vida.
E o mar continua sereno como serena está a minha alma.
Sanzalando
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