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7 de fevereiro de 2020

desdobrado

E quando faz sol o que faço eu? Medito. E quando não faz? Também. Ora bolas. Acho estou a um passo da loucura. Sempre que medito vou ter à saudade. Mas de tanto meditar assim, de tanto sonhar saudade eu já nem do meu nome eu me devia lembrar. Mas do que é que eu gosto. Recordar. Saudade!
Não, não estou parado no tempo, não paralisei na adolescência, nem me afoguei no mar da nostalgia pelo simples prazer de sofrer. Medito na saudade porque estou aqui, vivo e feliz, passando ao lado de dramas, comédias ou sustos, consumindo dias como se fossem o último. Se mais não vivo é porque desconsigo desdobrar-me em saudades vividas e imaginadas, ou por sentir falta de estar desocupado.


Sanzalando

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