Brilha um sol de inverno. É um brilho diferente este sol daqui. Lá, se não fizesse cacimbo o sol brilhava diferente. Ou era eu que tinha um olhar diferente? Mas eu me lembro de aprender na escola que aqui quando era inverno chovia. Mais uma vez me enganaram. Os livros, essas armas contra a ignorância, também enganam a gente. É que se chovesse aqui eu chovia também. Num mundo perfeito a gente devia também chover. Não é chorar. É mesmo chover e se calhar fazer tempestades também.
É que se a gente chovesse acho podia dizer coisas que estão no coração e que não têm maneira de sair. Assim numa diluviana chuva era capaz de limpar a gente e des-sufocar a alma da gente.
Mas aqui afinal brilha o sol, mesmo que o brilho seja diferente.
Sanzalando
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