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6 de fevereiro de 2020

cinzenta-se o tempo e zulmarinha-se a alma

Cinzentou-se. Este inverno do lado de cá é assim uma inconstância que não dá nem para parecer nem convencer a ficar num lugar de meditação a fazê-la. Cinzenta-se e brilha parece é intermitência que chateia.
Mas neste lado de cá, imaginando que no de lá está calor, medito na magia que me provoca um sorriso recebido, um abraço dado, um cumprimento oferecido, uma carícia, um olhar, seja o que for que me seja dirigido. É a importância de estar aqui, vivo, existente, consistente e de coração aberto.
Cinzenta-se o tempo que zulmarinha-se a alma com o que me é dado sem pedir.


Sanzalando

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