Deixo-me esparramar sobre o meu
espaço pessoal, que é aquele em que cada pessoa se perde nos pensamentos, em
que me creio sentir confortável e seguro. Pode ser um quarto aconchegante, uma
mesa de trabalho organizada, um cantinho para relaxar ou o vazio de quem vê o
mar. Este espaço reflete a minha personalidade bem como as necessidades essenciais
para o meu bem-estar. Respeito-o porque o espaço pessoal é fundamental em
qualquer momento. A maresia, a solidão, a brisa, eu, um mundo cheio de mim,
carregado de vida, sorrisos dispersos, lágrimas perdidas. O meu espaço no mundo,
sem fronteiras nem barreiras leva-me por tantos aís que acabo de me encontrar num
espaço urbano onde me cruzo com muita gente, onde observo as fachadas, as
árvores, os rostos fechados, os silêncios barulhentos e confusos, caóticos
momentos. Mantenho-me equilibrado na minha qualidade de observador pensante,
vagabundo de pensamentos e sem abrigo desobrigado de rotinas pelo que num
instante dou comigo num espaço cósmico, num vazio repleto de sonhos e desejos,
porque estes não ocupam lugar embora fascinem.
Vou por aí, até entrar no buraco
negro que é a vida que tudo absorve e tudo confunde.
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