9 de março de 2025

ensaio da aula

Imagine que a sua alma é um vulcão e jorra enquanto tem tempos que dorme, silenciosa, mas dentro dela, continua o fogo vivo, um calor que pulsa, que arde, que se move como um rio subterrâneo de sentimentos e palavras.

E então, um dia, ela jorra violenta. Explode em lava incandescente, em versos perdidos no vento, em emoções que escorrem pelo corpo e queimam o papel do caderno. Não há contenção, apenas a necessidade incontrolável de ser.

É lírico como magma da alma, intensa a forma de amar, ardente forma de ser. Ele queima a rigidez das horas, dissolve a frieza da rotina e redesenha a paisagem do sentir.

Onde antes havia pedra, nasceu terra fértil. Onde antes havia silêncio, há agora um poeta que canta.

Ser vulcão é não temer a erupção. Porque alma que nunca jorra, vira pedra fria e viver é incendiar-se nos fogos da existência.



Sanzalando

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