Imagine que a sua alma é um
vulcão e jorra enquanto tem tempos que dorme, silenciosa, mas dentro dela, continua
o fogo vivo, um calor que pulsa, que arde, que se move como um rio subterrâneo
de sentimentos e palavras.
E então, um dia, ela jorra
violenta. Explode em lava incandescente, em versos perdidos no vento, em
emoções que escorrem pelo corpo e queimam o papel do caderno. Não há contenção,
apenas a necessidade incontrolável de ser.
É lírico como magma da alma,
intensa a forma de amar, ardente forma de ser. Ele queima a rigidez das horas,
dissolve a frieza da rotina e redesenha a paisagem do sentir.
Onde antes havia pedra, nasceu
terra fértil. Onde antes havia silêncio, há agora um poeta que canta.
Ser vulcão é não temer a erupção.
Porque alma que nunca jorra, vira pedra fria e viver é incendiar-se nos fogos
da existência.
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