O sol regressou como que cansado de aquecer os trópicos ou então, para meu espanto, se lembrou de me vir aquecer o corpo que já gelava pelo estado de alma. Ele sabe que eu tenho dias que passo dum estado de alma a outro num breve espaço de tempo que nem dá para pronunciar a palavra clique.
Tem dias que desperto do sonho assim com cara de quem teve um bom sonho, sorriso estampado nos lábios e aquele brilho no olhar. Até o teu andar é de levar a boca dos outros que te olham a dizer que vais de cabeça erguida rasgando o vento e já nem te lembras que faz segundos estavas carrancudo, dobrado e olhos no chão como quem procura uma agulha dum outro palheiro, transportavas nas costas os pesadelos deste e doutro qualquer mundo.
Ele sabe como tu sabes essas coisas todas sobre mim. Até te digo que sabes mais de mim que nem eu sei, pois fico nas minhas dúvidas e na amalgama de sentimentos que nem uma varinha mágica conseguia fazer melhor.
Não, hoje não te falo na amargura em forma de palavras nem na solidão de tantas amarguras que se me dão um nó na garganta.
Hoje te falo só apenas deste sol que me veio dizer que estás bem, obrigada!
me deu aquele nó na garganta... bolas!
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