Me sento na escadaria e espero em vão que o passeio dos tristes comece. Eu te pagaria rios de lágrimas se lhe olhasse uma vez apenas e ela do alto da sua altivez me desse num relance um esboço de sorriso.
Faz tempo sonho este sonho e penso se a tristeza quando chega a gente lhe vê. Sentir a gente sente até na alma. Mas tantas vezes eu penso que não lhe consigo ver. Os olhos brilham de entusiasmo, o coração palpita num acelerado batuque de festa que se adivinha e não acontece. Quem ia dizer que eu estava triste? Acho mesmo que a gente não lhe vê doutra forma se não apenas com olhos do sentir. Tristeza é marca de coração, embarga a voz num disfarçado fado de melancolia. A tristeza não se apaga quando a gente segue adiante. Cicatriza na sua marca registada, numa etapa a que mais dia menos ano vai ter outra e assim se faz uma vida.
O sonho não apaga, não afoga nem desconecta a tristeza. Lhe atenua assim como a tua ausência me trás recordações que eu não consigo recordar com o brilho das cores quentes da paixão que não acabou, mas apenas com as cores ténues das lágrimas que choro calado no sono.
Hoje me sento na escadaria do tempo a ver se tejo passar na passarela da vida.
Sanzalando
Zulmarinho,
ResponderEliminarÉ, mas a gente tem dias que a vê chegar...
Beijokas mil
Será que tens olhado direito?
ResponderEliminarSerá que deixaste escapar o sonho, andas a ter pesadelos?
Bjus
Ana C.
gostei mesmo.
ResponderEliminar...é marca de coração, embarga a voz num disfarçado fado de melancolia... cicatriza na sua marca registada...
bons sonhos