Não sei se sonhei, se ouvi ou inventei que atrás das coisas bonitas está algo terrível. Mas me deu para pensar que por trás de ti deve estar alguma coisa horrivel, tragédias ou tempestades, dores e hemorragias de lágrimas, assim numa de dar para vender e ainda sobrar. É que nos meus sonhos tu apareces sempre bela, mesmo quando me apareces enfaixada numa manhã de cacimbo, rodeada de areia fina que vem no sopro do vento que chega do deserto.
Bela de beleza que as palavras não conseguem nem pintar num esboço de aproximação, mesmo com as palavras doridas dum ou outra lágrima. Já sei que esta dor tem algo de belo uma vez que ela é sentida na alma, na espiritualidade do sonho tornado desejo. Talvez seja por isso que a gente sente dor num doer inexplicavel, numa sofisticação de ser humano.
Não sei se sonhei ou não, mas a verdade é que a tua beleza faz com que eu esqueça a minha não existência para além da contemplativa. Um dia qualquer eu faço uma festa à vida, sonhe ou não contigo.
Sanzalando
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