Desalinho o ouvido de modo que não ouço o silvar do vento azucrinar as orelhas. Não me interessa construir muros de pedra para que um dia fiquem ruínas e alguém conte estórias que nem se quer foram sonhadas quanto mais realizadas, para me proteger desse vento que resolve me soprar até parece quer me limpar num sopro. Eu assim nem consigo falar as coisas que gostava de saber falar e o vento me empurra as palavras para dentro como a querer que eu me cale num silêncio. Mas se eu sou teimoso porque é que agora eu ia ficar de braços cruzados a ver o vento me comandar?
Mas afinal até o vento me faz chorar também. Me sopra nos olhos que eu lhes fecho e mesmo assim escorre uma lágrima parece eu estou a chorar. Nem calma nem desassossego, curiosidade de amanhã quando não ventar esse sopro de arrepiar.
Dúvidas, amarguras e tristezas eu deixo que esse vento lhas leve para longe e me deixe aqui num canto vivendo os meus sonhos voláteis dum deserto escaldante que me trouxe a memória.
bons sonhos.
ResponderEliminarabraço!
Oi, JotaCê.
ResponderEliminarTe agradeço pela visita.
Bjos