Sento-me por instantes no balcão do cinema imaginário e choro porque te sinto ali e não te vejo. É habitual, sem razão aparente sinto o inverno a correr-me pelas veias e turvo-me na miopia de não te querer ver, apenas sentir, como se esse sentido tive mais valor real. Aproveito e esqueço o mundo, assim como toda a multiplicidade de problemas que ele transporta e me concentro em ti, longe, sempre distante mas afinal de conta sempre ao sabor das minhas palavras e das minhas imagens. Por instantes, que são permanentemente instantes sucessivos, és a minha miragem, o meu silêncio e a minha razão de ser.
É o sorriso matinal, a reza do adormecer, a água que bebo e se calhar o ar que respiro, és tu. Simples. Instantaneamente, aparecida do nada te sentas neste balcão de cinema e imaginas-me. Quer dizer, imagino eu.
Há muito que não te visitava e encantei-me com os textos. A qualidade aumenta de dia para dia, e o romantismo e nostalgia postos em cada linha, dão comigo a pensar que um dia destes meto-me no carro e vou conhecer este patrício de coração cheio de magia.
ResponderEliminarUm abraço grande com o calor do nosso Namibe.
Vera Lucia
Kalaari:
ResponderEliminarobrigado pelas palavras bonitas que me deste nesta Sanzala. Um beijo grande