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13 de janeiro de 2010

é apenas um filme

Não me lembro o que queria ser em adulto quando era pequenino. Não me recordo de toda a película desse filme. Mas sei que fiz aventuras, joguei à bola, parti braços e pernas, cabeça também. Mas sempre estive perto do mar, apesar de ter nascido lá longe onde não se lhe consegue ver. Esse é o meu tesouro, o meu gostar mais que necessário. Ter nascido onde se vê o início da planície que vai descansar no mar. Lá em cima nunca tive tempo para pensar no que queria ser quando crescesse, nem nunca pensei em barcos, nem sentia saudade da maresia. Enfim, devo ter feito um filme sobre isso que agora não me recordo. O que eu agora sei é o que eu deveria ter sido enquanto criança, o que eu devia ter sonhado antes de crescer, as aventuras que deveria ter vivido na forma real de vida.

O que eu agora sei é que já começa a ser tarde para ver todos os filmes que realizei na película da memória. Mas começando dum principio talvez ainda tenha tempo de chegar ao intervalo e ficar satisfeito. Afinal de contas é apenas mais um filme dum cinema de sessões contínuas.


Sanzalando

1 comentário:

  1. Há o filme da nossa vida. Todos o temos. Ainda que um, unzinho, pode valer por todas as películas que já passaram em todos os cinemas do universo...

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