Em Novembro de 2003 nasceu 'A MINHA SANZALA' no endereço http://sanzalando.blogspot.com. Por questões de semântica lhe chamei o meu blog e muitas vezes assim o vou tratando. Pensei várias vezes mudar-lhe o nome, mudei-lhe a estética por algumas vezes, mas a base literária se manteve, se é que se pode chamar literatura ao que aqui vou desenhando em palavras com a minha falta de jeito para o desenho.
Alturas há que parece estou farto dele, outras sinto a nostalgia dos primeiros tempos e raramente me arrependo de o ter começado.
Muitos elogios aqui fui recebendo, estímulos que dariam para escrever até ao fim dos meus dias se para isso tivesse vocação. Poucas, raríssimas mesmo, respondi aos comentários, mas podem ter a certeza que os li todos e em 99% quase me 'babei' como um adolescente que escreve cartas à namorada, se ainda houvesse cartas de amor.
Sei de gente que me segue deste o primeiro dia, outras gentes vão aparecendo ao longo do ano, outros desaparecendo porque outros caminhos se abriram, outros tempos gastos em outros lados, redes sociais que absorvem tempo sem que se dê por ele.
Já não me lembro se quando criei o meu blog eu pensava em algum objectivo se não o de dar largas à minha imaginação. Esse continua a ser a pedra fundamental deste espaço.
Não é um diário porque faz tempo que não lhe desenho palavras todos os dias, não é uma sucessão de relatos porque não conto nada com pés e cabeça, não é crónica política que disso eu sou alérgico, não é uma biografia porque me farto de inventar estórias, enredos, sequências, maldicências e outras essências que não vêm da Índia nem passam pela minha vida vivida, para além de que teria que haver da minha parte uma grande dose de honestidade para poder contar o que me parece é incontável.
Na verdade o que eu sei é que encontro aqui grandes doses de sentimentos verdadeiros disfarçadas em frases desconstruidas de emoção e descontraídas de erudição, destilações de amores e vapores de ódios e frustrações, resmas de paixões em datilografadas cartas de amor.
Perdi a caligrafia, ganhei a oralidade e contei uma estória, que pode ser minha, tua ou de quem a apanhar.
Enfim, se aqui tivesse sido contada uma estória, havia vários personagens principais e muito poucos secundários. Acho que deste último seria apenas eu.
Enfim, este meu blog é apenas o fruto dum gosto e sem mais categorias em catálogos.
Olá
ResponderEliminarEntrei neste espaço apenas a 1 de Abril deste ano, completamente por acaso. Fui às imagens, à procura de uma imagem que me fazia falta e li o nome do blog e cliquei. Se hoje o quisesse fazer provavelmente não saberia como. Abençoado clique neste fantástico blog que nunca mais deixei de ler. Já tenho deixado de escrever na minha amostrinha de blog, por falta de paciência, por não estar bem, mas todos os dias venho espiar esta sanzala. Fico com um vazio, que antes de 1 de Abril não existia, quando não há nada de novo. Nunca terei o seu talento, nem serei tão tocante, mas pelo menos terei o prazer e a alegria que me faz sorrir solitariamente sempre que leio as palavras sábias e bonitas que vou encontrando nestes textos cheios de poesia com que brinda todas as pessoas que aqui vêm. Muito obrigada.
Que Deus lhe conserve esse jeito bonito de estar num espaço tão exposto como o é, o dos blogues.
Um abraço do tamanho do mundo.
Força, continua
ResponderEliminargostei do desenho de escrita em jeito de balanço. acho que se tivesse que rever a minha escrita gostava de desenhar assim bonito.
ResponderEliminarabraço!
A tal avaliação agora tão em voga. Avaliar para melhorar. No teu caso é mesmo só avaliar para publicar. Beijo grande aqui da fila da frente para te ler e me comover.
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