Dei voltas e mais voltas nas rotundas da vida que já vivi. Reli palavras que disse, frases que soletrei, parágrafos que calei.
Saltei fases, tentei alinhar épocas e juntei fragmentos soltos.
Na verdade não encontrei a ponta da meada. Nem a meada. Nem um molho de fios soltos emaranhados numa anárquica alquimia de vivências.
Concluí que eu não existo. Nem uma pegada minha encontrei.
Já sei. Deve ter sido o vento que apagou o rasto da minha existência, a chuva que lavou o meu odor, a noite que escureceu a minha passagem.
Não páro de me procurar porque eu sei que existo e por isso, mais cedo ou mais tarde, eu vou-me encontrar.
Sanzalando
Um texto lindo.
ResponderEliminarAfinal, todos nós andamos a tentar encontrar-nos.
Bjs.
Vera Lucia
A permanente busca do eu! No entanto, ficam sempre rastos... nem que fosse apenas o blog! ahahah
ResponderEliminarUma boa semana.