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6 de maio de 2012

Dia da Mãe.

Sentado na varanda que dá para lado nenhum, dou comigo a magicar ideias, sonhos e arrependimentos. Na verdade, mãe, é que eu não comprei nenhuma prenda para ti. Me esqueci, tal como faz mais de meio século que não compro no dia do pai, achei não era justo comprar com atraso de dois anos uma para ti.
Mas isso não é a parte mais importante. Importa mesmo é que não vou passar a hora do almoço contigo, gargalhando tu com as minhas parvoíces e falsas imitações, com as minhas estórias inventadas e perguntas que te levam ao rubor. Essa é a parte mais importante deste dia da mãe que eu não vou ter.
Afinal de contas eramos tão diferentes mas ao mesmo tempo tão iguais. Diferentes porque eras forte e não havia contrariedade que te derrubasse, mesmo quando este teu filho esquecia que uma palavra dita mesmo de longe podia valer mais de mil prendas.
Una coisa que hoje me lembro de te dizer, mãe, é que te agradeço do fundo do meu coração teres sido minha mãe.


Sanzalando

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