Acho estavam a nascer os meus primeiros pelos na cara e eu te prometi amor eterno de aço inquebrável. Acho escrevi na parede, cravei numa árvore ou apenasmente decorei na minha memória para nunca mais me esquecer. Eu sei que ao longo de outros tantos pelos eu fui apagando e reescrevendo promessas desse futuro. Me esqueci a parede, cortaram a árvore e a memória já não é mais como é que era.
Sei só que chorei feito louco, afogado em amor, quando reparei que a eternidade tinha terminado.
Hoje me passa uma tristeza fria no coração por assistir de longe À tua felicidade. Se eu conseguisse ouvir o teu sorriso, sentir o brilho do teu olhar, o ofegar da tua respiração...
Cresceu a barba, caiu o cabelo e eu não me lembro mais da parede para ir lá a correr apagar definitivamente a minha escrita de eterno amor e assim tapar o buraco que ficou no meu coração.
Sanzalando
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