Aproveito o cacimbo para pensar. Ele não me deixa ver com olhos de ver mais longe do que já ali, assim eu matuto ideias, memórias, sonhos e se ainda sobreviver até sou capaz de ver realidades que ainda não aconteceram e me contar como se estivesse a conversar contigo.
Tem dias que eu te ia dizer que a minha vida não passa dum conto de falhas, em que dá vontade de desistir mas não desisto, em que dá vontade de desaparecer mas não desapareço. Tem dias que dá mesmo vontade de jogar tudo para trás das costas e ser feliz, mas que nunca jogo.
Tem dias que o cacimbo me tolda a vista e me aclara o cérebro e tem outros dias que ele faz com que me apeteça voar apenas porque tenho medo de ficar aqui fechado a sucumbir ao cacimbo sem vontade de pensar. Tem dias que o cacimbo faz medo de pisar o chão em falso de tão cerrado que está.
Hoje aproveito o cacimbo porque me apetece voar como se eu fosse um pássaro e vôo nos pensamentos à solta dentro da minha cabeça.
Sanzalando
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