recomeça o futuro sem esquecer o passado

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31 de julho de 2014

hoje

Hoje me sinto fisicamente cansado. Se eu fosse inventor eu ia inventar um problema e mais outro e outro ainda para dormir 24 horas.
Mas olha, vou fechar os olhos e fingir que estou bem.
Vou dar um passeio por pensamentos e sonhar palavras, vou caminhar por mim e por ti e depois eu te conto o que descansei.
Hoje só me apetece dizer que a soma dos meus defeitos é igual ao efeito inverso do tempo que perdi.
Te gosto que até foi difícil te encontrar.


Sanzalando

30 de julho de 2014

poder podia

Podia tentar escrever em verso as palavras tantas que já disse. Mas na verdade não pareceriam ter saído do meu pensamento. Assim saem como se fosse atropelos, amalgamas, desperdícios úteis ou inúteis, secos sons ou cantatas de ritmo maduro.
Podia tanta coisa que o tempo podia ser um para sempre, que quem me ouvisse um som me levasse por inteiro, sorrir podia dizer-se feliz.
Podia ser que um abraço fosse um estamos juntos, um beijo um afago e por aí fora.
Podia ser um dia de cada vez se eu não estivesse morrendo de saudade de todo o tempo que ainda tenho pela frente.

Sanzalando

29 de julho de 2014

salada de palavras e ideias de mim

Passada lenta de quem não quer transpirar nem rebentar com um calor que sente queimar até na alma, sigo feliz trocando pensamentos por sorrisos ou vice versa que hoje não estou para dilemas. 
Não é todos os dias que concluo que há algo em mim: amo o próximo esquecendo-me de mim. Eu, o senhor dono da razão, presença imponente que nem estátua em pedestal, concluo que não me amo. 
Pronto. Vá lá. Dou desconto e digo-me que não é bem assim, não sou assim tão tão. Às vezes reclamo-me e dou razão a quem a tem, mantenho distância dos erros, principalmente se forem dos outros, não grito nem choro crocodilamente, não tenho humor de fazer rir nem parar a multidão que me olha, não tenho presença de parar o trânsito e não sei a regra dos nove nem a três simples para acertar todas as contas, nem as do merceeiro.
Eu gosto de mim e só assim eu posso gostar de ti. Filosófica e praticamente certíssimo. Quando penso no passado não vou só até ao minuto mas consigo ir até a décadas. Quando recordo recordo as tuas gargalhadas, os teus olhos brilhantes, o teu sorriso de lábios finos, o teu olhar felizmente espantado ou espantado feliz. 
Passada lenta dou comigo a soletrar transpirações e suores frios, quentes e outros.


Sanzalando

28 de julho de 2014

tu

Te ouço a assobiar no teu chamar característico. Olhei e sorrias com sempre sorris, até os olhos brilham.Te sorri e voltaste assobiar. Corri para teus braços e juntos seguimos o nosso rumo sem saber onde vamos parar. Também não dissemos que queríamos saber.
Te segredei qualquer coisa importante. Sorriste e disseste que sim. Seguimos em frente como se amanhã não houvesse.
Assim te vi e assim te vejo. 


Sanzalando

26 de julho de 2014

simplesmente letras

Persigo palavras para te dizer as tantas coisas que me apeteciam dizer-te agora, mas não encontro as palavras simples que diriam simplesmente que te gosto tanto.
Desembrulho pensamentos para ver se encontro um que te possa oferecer em simbolicamente com te amo.
Letras soltas que o vento não levou para  te dizer estamos juntos.



Sanzalando

24 de julho de 2014

deambulando palavras

Deambulo num vai e vem constante como que um qualquer nervoso a se cansar para descansar. Troco palavras por sorrisos, sorrisos por gargalhadas, falas mansas por piadas de gosto verdadeiro. Neste constante frenesim decido entre mim e eu, que se não der certo a gente se junta para todo o sempre na mesma, sorri e vive a vida tal como ela deve ser vivida: com vida!
Deambulo por entre palavras e silêncios e decido suicidar-me. Uns matam-se com bebida, outros com fumo e eu decido que o meu suicídio será por paixão. Por ti, claro, e assim deixo a minha paixão tomar conta de mim, silenciosamente, sorridentemente e com falas que só nós podemos entender. 


Sanzalando

23 de julho de 2014

esquecer

Conversando com as minhas palavras dou comigo a dizer que esquecer é assim como que uma coisa que acontece. Às vezes a gente quer e outras a gente simplesmente não se lembra. Estou a ver a imagem assim como que desfocada na memória, sem força de reentrar na realidade. Assim começa o esquecimento. E eu esqueci a palavra que conversei até chegar aqui.


Sanzalando

22 de julho de 2014

amigos

Cá vou eu no meu passo lento como se fosse uma vogal de cada palavra que penso.
Tropeço em ideias e pensamentos e dou comigo a falar-me que os amigos são como a lua: têm fases. Eram os amigos da rua quando brincávamos na rua, eram os da escola quando andávamos na escola, na faculdade, no emprego e na noite de verão. São amigos de cada etapa da vida onde são importantes.
Amigos, verdadeiros, são os que ficam depois da ressaca e agarram a serenidade da gente como se fosse a gente própria..
Amigos não estão na nossa frente no diariamente mas estão na nossa personalidade.
Os amigos sabem onde a gente está, mesmo quando a gente parece que não está.


Sanzalando

20 de julho de 2014

Madrugada

Me sento na beira mar e deixo o som das ondas entrarem em mim como se fossem música. Eu, o deslocado do mundo, o perdido entre a saudade e o real, vagabundo da vida com medo de viver, tentando sobreviver entre um pensamento e outro, intervalando tristezas reais com fictícias, convertendo sorrisos em lágrimas apenas que porque o sabor salgado fica vincado no rosto.
Me sento à beira do mar e olhando-te me lembro de todo o tempo que perdi perdido.
Me sento à beira do mar e dou-te a mão como que a agradecer teres-me acordado e me fazer parecer que ainda é madrugada.


Sanzalando

19 de julho de 2014

caminhos de ferro ou palavras

Caminhando sobre palavras, umas quentes outras assim por dizer, mais geladas que a morte viva, dei comigo a pensar viver só para mim. Às tantas até tinha construído um muro à minha volta, a minha alma estava prisioneira nas ideias preconcebidas e eu jamais conseguiria ultrapassar os limites de mim.
Assim, desmanchando palavra sobre palavra, apoiado no teu ombro, seguro pelo teu sorriso, descobri que a solidão não é a melhor companhia, mesmo nas tardes de sol como também nas manhãs de cacimbo, nas noites quentes duma esplanada ou nas frias sentado à volta duma lareira que antes foi apenas fogueira.
Arrumadas as palavras vi que somava motivos para a autodestruição que podia acontecer dali a pouco tempo sem antes ter imaginado que podia estar a mendigar migalhas de bom senso antes de desligar o mundo de mim.
Limpas as palavras encontrei.me sorrindo e o comboio lá vai seguindo na linha sem o pouca terra da nostalgia nem o fumo da escuridão.



Sanzalando

18 de julho de 2014

esconder a tristeza

É tão fácil esconder a tristeza. Basta só fingir um sorriso.
Como ninguém me ia entender eu resolvi guardar só para mim umas quantas palavras com sabor a sal. Guarda-las-ei num caixote de sonhos, esconde-las-ei como se fossem um tesouro dum pirata que num qualquer mapa mental aparecerá marcado com um x bem vincado..
O sorriso mostrá-lo-ei nos 360 graus à volta porque ele é contagioso e pode ser assim os meus olhos brilhem como os teus.



Sanzalando

17 de julho de 2014

rios de tinta

Escrevo gastando rios de tinta, palavras que enchem mares de ideias, lagos de sonhos ou lágrimas de saudade.  Escrevo com palavras que digo em silêncio calado de um modo de ser feliz.
Me disseram que o vento leva as palavras e eu as digo em todas as direcções,  não só porque nunca sei donde ele sopra como também porque na dei de onde tu me vais aparecer.
Digo palavras de escrever num tom de seres tudo o que sempre desejei.
Gosti, pá!


Sanzalando

16 de julho de 2014

bate coração

Bate o coração mais forte que a cabeça. A razão cai por terra e não havendo outro motivo vou por caminhos da ansiedade e esqueço as estradas da realidade.
Tremo.
Olho em frente e não vejo para além do que imagino.
Ceguei. Esqueci de mim num qualquer canto, num beco sem nexo nem saída.
Abriste a porta. Estava ali eu triste, apagado, esquecidamente atirado para dentro de mim. Olhei-te. Sorrimos. Ainda hoje sorrimos quando nos olhamos. Mesmo quando não nos vemos.
Bate o coração e não tenho palavras.


Sanzalando

15 de julho de 2014

com palavras

Com palavras vou calcetando o meu rumo, vou construindo o meu forte e embelezando o meu ninho. Com palavras embelezo o nosso canto, decoro a nossa vida e dou colorido ao nosso abraço.
Com palavras não confessei o meu amor mas os meus olhos falam e sei que quem estiver menos atento vai perceber que estou perdidamente.
Com palavras poderia escrever uma canção mas faltaria a batida certa, aquela que entra no coração.
Com poucas palavras te ouço dizer-me o que tanto gosto de ouvir.

Sanzalando

12 de julho de 2014

dou certo

Com palavras faço uma corda e brinco de saltar á corda. Conto e foram 10 vezes sem tropeçar ou me emaranhar. Grande forma, digo eu sorrindo como se fosse um herói de mim. Olho para ti e te vejo a sorrir com um brilho nos olhos parece são estrelas, descubro me viste quando ninguém me prestava atenção mesmo estando ali o tempo todo. 
Sei que passei despercebido até que num repente começaram a me perceber e a ver que eu estava diferente. 
Sorria-te. 
Ninguém me conhecia e mesmo assim achavam me conheciam bem e eu mudava. 
Sorria.
Afinal de contas mudado consigo teimar em dar certo. e dou.


Sanzalando

11 de julho de 2014

pego em palavras

Pego nas palavras e faço carreirinhas como que as usando para comunicar. Sou sincero. Aprendo cada dia e cada vez mais. Não a falar mas a acertar na hora, mas a assumir e responsabilizar-me. Não uso as palavras para dizer o que acho das pessoas mas sim para falar de acções e correcções. Eu não consigo criar pessoas nas palavras mas apenas acender uma luz de gente.
Pego nas palavras e digo, acendo a alma e refresco a calma.
Agarro em palavras e com elas tento mostrar a minha alma, o eu intrínseco.
Pego em palavras e digo: obrigado por te amar e conseguir sorrir de cara e olhos outra vez.

Sanzalando

10 de julho de 2014

tropeçando no intelectual

Tropeçando em palavras que vão dar a qualquer lado ou a lado nenhum, dou comigo a pensar se alguma vez eu estive apaixonado. Perentóriamente, usando palavra difícil para parecer até sou intelectual da coisa, respondo com um não sei afirmativo e duvidoso. Logo de imediato, o intelectual argumenta que se não sabes é porque nunca estiveste. Nesse instante, deixando a intelectualidade de lado e racionalmente dou comigo a escrever papelinhos tipo malmequer como que a ganhar tempo tempo para uma resposta à altura: Já estive sim! 
Na verdade é verdade que sim pois a paixão dói e eu já tive muitas dores.
Tropeçando em palavras sorri e me disse que bom é sentir agora esta dor.


Sanzalando

9 de julho de 2014

desenhando

Traçando rumos, desenhando destinos e aplicando-me em finais felizes penso que eu sempre estive destinado a viver em presença um daqueles filmes dramáticos em que o galã é feliz de todas as formas mesmo quando descobre que a felicidade é um estado de espírito e não um fim absoluto.
Traçando rabiscos direitos, curvados e entre-cruzados descubro que as cicatrizes são recordações que não se perdem e os silêncios dizem tantas coisas.
Desenhando sonhos replico a minha felicidade ao mesmo tempo que desejo ser ainda mais.
Afinal de contas eu tenho tanto para descobrir que não sei se terei tempo para morrer de saudade.


Sanzalando

8 de julho de 2014

caminho de palavras

Sobre palavras vou traçando um caminho, às vezes recto outras vezes cheio de curvas, labirintos de pensamento encadeado em teias de sonhos. Caminho seguindo num em frente, feliz constantemente ,mesmo que as lágrimas escorram na cara; sorrindo sempre, mesmo que em frente seja uma fatalidade impossível; conhecedor sempre, mesmo que a escuridão esteja sobre os meus olhos.
Com as palavras eu sempre disse que lia de mais, que sofria de mais, sabia de mais ou vivia de mais.
Afinal de contas eu nunca soube ficar pela metade, nem no amor. Amo sempre mais. A julgar pela saudade eu sempre soletrei de mais mesmo quando ela era de menos. 
Sempre houve um desperdício de mim até me ter reencontrado nos teus braços e abraços, digo eu nas palavras que não gastei a desenhar o caminho por onde já me perdi.



Sanzalando

7 de julho de 2014

passeio palavras

Passeio palavras preocupado em não fazer pedidos ou oferecer dicas. No fundo de cada frase ou ideia pode estar qualquer coisa esculpida. Não é literatura nem um questão de procura, nem uma bóia nem um fogo de sinalização, é mesmo só palavras sentidas no coração e desenhadas na emoção dum explodir de coração.
Passeio palavras sem escrever uma estória nem contar uma história, sem soletrar desejos de engatar ou um beijo pedido, mas apenas para colorir um tempo de mim no vazio de estar.
Passeio palavras para não cair no abismo de escrever um texto de vida ou morte mas apaenas para dizer a sorte que tenho de ser assim como estou.
Passeio palavras para deixar uma pista para me encontrares quando deixares de tomar um banho de sol.


Sanzalando

5 de julho de 2014

até

Assim repentemente decidi não usar mais as palavras nem gastar mais o meu tempo. Até que num aparte, sem nexo, me lembrei dos palhaços todos que me cruzei nesta vida, sim, aqueles que me fizeram rir mesmo quando eu não tinha vontade, aqueles do tempo da escola até aos do dia de hoje. Até que tive saudades dos solilóquios entre mim e eu a recordar as viagens que fiz sem as ter feito, das vidas que vivi sem ter morrido.
Assim, num até já cancelei a decisão de não usar mais as palavras nem gastar o meu tempo, até continuar a ser feliz contigo. É que o tempo está a passar rápido de mais e eu preciso viver e ser feliz.


Sanzalando

4 de julho de 2014

achamento

Acho fazia tempo eu não me devolvia a mim. Ajudaste-me a entregar-me inteiro, ensinando-me que o comportamento de outros não me podiam afectar, mostrando-me que posso não entender o que me dizem mas devo perceber o olhar com que me olham.
Acho fazia tempo que eu não tinha tempo para mim e tu mostraste-me onde era o caminho para esse tempo, fizeste-me sorrir, fizeste-me reconseguir fazer sorrir quem me rodeava.
Acho que me fizeste pensar no que um qualquer outro fala mesmo quando não diz nada assim como me fizeste dividir a minha alegria, pequena que seja, por quem a não tem.
Acho que me ensinaste que eu posso não saber escolher como me sinto mas me ensinaste a resolver isso.
Acho que tudo assim falado, no meu silêncio, eu sou feliz.


Sanzalando

3 de julho de 2014

nublado hoje

Hoje parece carrego o mundo nas minhas costas. Hoje sabe-me bem um aperto de mão, olhar um sorriso ou sentir um abraço bem abraçado. Hoje apetece-me ver quem carrega um brilho de esperança nos olhos, uma luz de sonhos ou uma mão cheia de alegria. 
Hoje carrego o mundo nos ombros e ainda não percebi porquê. 
Hoje metade de mim são palavras e outra metade é silêncio.
Hoje apetece-me olhar para o lado e assobiar, sorrir à toa, porque não possuo a solução dos problemas. Mas talvez consiga contagiar um sorriso sorrindo.



Sanzalando

2 de julho de 2014

caminhar contra ventos

Caminho contra o vento que me atrasa o passo numa passada cansada. Sou puxado por força invisível, empurrado seria o termo, que me despenteia o cabelo, as ideias e me baralha o pensamento. Não adianta chorar que as lágrimas jamais correriam pela cara, pois este vento as levaria assim num repente que até podia parecer que eu sorria.
Caminho contra o vento dizendo que vou desaparecer, não vou esperar o tempo páre num stop de felicidade e viver assim num feliz para sempre, como uma ficção criada pela mente deturpada.
Caminho contra o vento tentando oferecer tudo e não esperar nada em troca, dizer ao mundo estou aqui feliz contigo, receber o teu abraço amigo, a tua carícia dócil, o teu olhar brilhante que me ajuda a respirar.
Caminho contra o vento desejando a minha alma relaxe e esqueça todas as horas de cansaço. Caminho sem esperar aplauso mas desejando continuar feliz num para sempre sem ficções ou outras fricções levadas pelo vento, trazidas por tempestades ou rebuscadas nas turbulentas pasagens dos filmes imaginados.
Caminho contra o vento para poder continuar a ser feliz.


Sanzalando

1 de julho de 2014

sigo-me atingindo-te

Mas é claro que continuo a caminhada mesmo que tenha atracado em porto seguro. É evidente que eu queria estar sempre a teu lado, mas a vida tem-me ensinado que nem sempre é como queremos, muito menos quanto pensamos. Assim sendo e por mais não me obrigo, resta-me seguir o caminho, seguir sempre, mesmo que não saiba para onde, mas tenha a esperança que ele se vá cruzando tantas vezes contigo como uma figura repetitiva, geometricamente falando.
Seja lá de que é feito o caminho, seja destino ou deus dará, sejam dogmas, sejam desejos apenas ou fé, sigo-me atingindo-te.


Sanzalando