Hoje o tempo parece virou sandes. Faz sol e depois chove e volta ao mesmo e eu estou que nem abre e fecha guarda-chuva. Olha a vida era assim? Abre fecha e fecha e abre. Bolas a gente cansava. Mas não é e ainda bem que a rotina é excepção e eu cá vivo hoje porque amanhã posso não ter tempo.
Vejo o zulmarinho marinhando pela falésia a me gritar com perdigotos de espuma e eu respiro o sabor de maresia com um sorriso que acho lhe irrita ainda mais. Ah, pois é, ele devia estar a pensar que eu era pessoa de lhe dizer adeus e ficar aqui a lhe olhar medroso. Não, lhe olho nas ondas, lhe respeito, mas não tenho medo; tenho mesmo é muita consideração e estima.
E daqui deste meu estar vou vagabundando pensamentos, ideias, memórias e sonhos e construindo o meu mundo de hoje que tem alguns traços de passado e esboços de futuro. Mas o hoje está presente, vivente e profundamente absorvente.
Hoje o tempo viro sandes e eu vivamente vivo-o.
Sanzalando
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