A timidez do sol me está a deixar preocupado. Eu sei que quando era criança a minha mãe me obrigava a usar chapéu porque parece o sol era fogo na cabeça rapada dum corte feito no Olímpio. Agora, cabeça careca do atrito dos anos que passaram, nem aquece acima da temperatura do frio. Assim essa timidez me deixa só com vontade a olhar no dentro e esquecer que existe um fora que é uma parte importante da minha existência. Mas deixemos esta falta de brio veraneante para outras palavras e olhemos para o abstracto da nossa existência. Sim, a nossa vida não é só uma pintura abstracta que se vai pintado como é um somatório de opções abstractas que fomos somando.
Há perguntas que merecem ser respondidas e são simplesmente esquecidas. Há perguntas que merecem ser esquecidas e são rapidamente respondidas. Há perguntas doce e outras dolorosas. Os silêncios são perguntas ou respostas? Eu vou só ali fazer perguntas à minha abstracção e ver se o sol se abstrai da sua letargia.
Sanzalando
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