Ainda dá para andar à beira mar. Não está aquele brilho mas brilha e não tem aquele mar de gente tapando o zulmarinho. Circulo em círculos rectos paralelizando-me com o horizonte num para cá e para lá, fazendo números de cabeça, filosofando matemáticamente quadrados mentais. Me deixo levar embalado no marulhar, me embalo num tricotar de pensamentos soltos, embalo-me em frases feitas que desfaço ao sabor da maré.
A amizade vai mais para lá do que lealdade, ficar ao lado, respeitar, amar no sentido lato sem lata ou outro embrulho espartelhante. Protege, guarda, acaricia, completa, assim mais ou menos a areia e o mar nesta praia que navego-me diariamente num embalar de quebra cabeças em que a peça não cabe senão ali.
Ela pode tocar na ferida, fala verdade e pode dar choque. Ela está e pronto final.
É o que dá ser verão num hão de ver ainda
Sanzalando
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