recomeça o futuro sem esquecer o passado

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26 de novembro de 2018

o outono é fenomenal.

Chove que até parece o céu desabou num infindável lago esburacado. Nem sol nem sombra. Só se consegue espreitar a água que não para de cair e nem deixa abrir os olhos direito.
Assim sendo, sentado num varandim, olho o zulmarinho que curiosamente está lindo até parece faz pose fotográfica, e me deixo levar em ribeiros de pensamentos que vão desaguar em rios de memória. Me levei à adolescência, aos tempos do banco do liceu onde a pontualidade era ponto certo, não por obrigação mas para refrescar o olhar na colegas pontuais e bonitas que segundo a segundo chegavam.
Acho foi nessa altura que comecei a construção, a descoberta, o crescimento e a oportunidade de começar a amar. Abri o coração. Uma vez, duas, vezes sem conta. A esperança era receber em troca tanto amor como o que dava, ter saudade como a que eu tinha. Não é loucura amar, pensava eu. A dose certa, com e sem defeito, é a parte mais bonita da vida.
E nesta acto de meditação chuvosa segue-se um sol brilhante como não havia previsão fosse acontecer.
É, o outono é fenomenal.

Sanzalando

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