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2 de novembro de 2018

Tia Clarinha e D. Brites

Foi assim num repentemente que eu vi a casa onde morava a D. Brites, que era da Tia Clarinha, senhora pequena e magrinha. Eram amigas da minha avó e como todas as avós eram velhinhas. Pelo menos para mim. Já não sei era uma vez por mês ou por semana a minha avó lá ia visitar a D. Brites e a tia Clarinha. Eu, sem hipotese de escolha tinha de ir fazer companhia ás duas senhoras que falavam e falavam. Lebro-me que para além de tricot e da vida de uma ou de outra rapariga da idade delas, o que me fazia rir, de chamar rapariga na avó, falavam também da caridadezinha. As senhoras Vicentinas, acho eu era este o nome. Mas isso não vem aqui para esta lembrança. O que vem mesmo é que eu lembro da D. Brites sempre reclamar com o clima. Lá na Metrópole é que é bom, Saudável dizia ela. E a minha avó que não conhecia dizia no regresso a casa, um dia temos que ir a essa Metrópole, que é saudável e se calhar lá não se morre. E eu lá fui aprendendo aquelas coisas


testo publicado neste blog em 2004 e que por acaso resolvi republicar

Sanzalando

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