Parece é verão. Um verão outonal, leve brisa refrescando o ar que vem do zulmarinho, pequeno assobio cantando nostalgias e eu de telemóvel na mão telemográfo o que os meus olhos vêem e a memória já é capaz de perder, registando o momento como se usasse uma velha nova máquina fotográfica.
Há quem diga que adora a madrugada e eu, com o passar dos tempos, passei a notar que a madrugada já não me mostra nada de novo senão um cacimbo peculiar, uma trovoada de pensamentos de futuro, umas insónias abafadas pelo silêncio, um intervalo entre o fim dum e o começar de novo dia.
As madrugadas são para os que sofrem de amores, os loucos e poetas, boémios e líricos e que manhã cedo já não sentem nada.. São para os que carregam o peso da emoção, os tremores do universo, os que interiorizam as estrelas e têm a solidão por eterna companheira.São para os que amam as ruas vazias, o cintilar das estrelas, as luzes frouxas das ruas. As madrugadas são para os esquecidos que não se lembram que existe noite e dia.
Vou passar a madrugada até ser dia.
Sanzalando
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