recomeça o futuro sem esquecer o passado

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31 de janeiro de 2019

cai chuva invernamente

Cai chuva parece borrifo e eu me borrifando para o tempo que gasto a pensar. Uns chamam meditação. outros consciência eu apenas penso. Hoje penso que toco viola as musicas do coração, essas que são inspiração sem meditação prévia. Faz conta é um filme sem enredo que parece que o fim ainda nem começou. Hoje estou em modo sem fim partindo do princípio.



Sanzalando

30 de janeiro de 2019

eterno caso de bom tempo

Que saudades eu tenho da chuva. Séria. Não desse chuvisco que apenas me inibe de sair porque incomoda. Nem molha. Mais molha o zulmarinho quando bate na rocha nos dias de meia zanga. Mas os dias assim são bons para usar os pensamentos, fintar o tédio, camuflar a ansiedade e faz de conta a realidade é colorida e bem disposta. É assim que nem o amor, desnecessário implorar, mendigar ou suplicar. Olha como o sol brilha por trás desse chuvisco. Olha como o amor brilha por trás dos teus olhos. Olha como esse tempo reflecte o teu temperamento. Olha como o amor reflecte o teu olhar. Olha, o amor põe o tempo do avesso que até se vê as costuras, a bainha e o cerzido. O amor é um eterno caso de bom tempo


Sanzalando

29 de janeiro de 2019

invernosamente louco

Faz tempo de reflexão. Vento frio lá fora que nem dá para ver se o zulmarinho está ali ou foi embora arrepiado.. Eu fico mesmo aqui sentado a olhar a lareira nos seus movimentos desiguais e desassimetros. Curioso que água, fogo e vento não tem forma definida. Esse fogo tanto é assim prara o lado direito como parara cima ou esquerda. Desassimetrico e indefinido. E eu aqui a olhar  e o mundo lá fora corre agasalhado, pelo que consigo ver da minha janela. Não há mais mundo? Me parece que não. Inverno tem destas coisas. O mundo é plano e limitado. Eu explico. Eu tenho um plano mas ele fica limitado ao tempo atmosférico. Quero o meu sol sul já. Mas ninguém me ouve e lá fico eu a olhar as labaredas indefinidas, perdoando tudo e todos . Não merecem perdão, eu é que mereço estar em paz.
Afinal não é louco quem não procura ser feliz?


Sanzalando

28 de janeiro de 2019

Frio revolto

Está tempo de cai não chove. Tremo de frio, delírio de inverno, penso eu. O mar se agita em ondas parecem querem comer a areia. Não sou eu que hoje vou entrar nesse zulmarinho hoje. Ele parece me está a diezr que não dá nada hoje. Ele acha que hoje é dia de receber, dar não dá. nem à costa. Eu sei que dar é bom mas ele hoje não quer saber do que eu sei. Ele hoje está só para receber quem se atrever entrar nele. Eu lhe digo que dar não é ganhar, é só mesmo dar, mas ele no sei egoismo de mar bravo, acha que dar é benevolência. Lhe desconheço essa parte. Eu é que não lhe dou o meu corpo hoje, porque zangado como está ele não me ia devolver são e salvo.


Sanzalando

#comida #jaca


25 de janeiro de 2019

o tempo nos quer

Tem sol de inverno, tem chuva de verão. Tem é confusão no tempo que não para, que tudo arrasa e devora. O tempo sufoca e agride. É tempo do tempo parar e dar-se ao pensamento. É que assim a gente envelhece, se esquece e já nem a saudade a gente lembra. O tempo não espera, nem lenta nem velozmente, ele passa apenas. O tempo corre contra si. Gasta-se o tempo que o tempo nos dá. A gente permanece enquanto o tempo nos quer


Sanzalando

24 de janeiro de 2019

Lanucha, até sempre mermão


Estava eu aqui sentado quando me deu para ver uma notificação que acabava de chegar ao smartphone. Não é meu hábito ligar. Mas olhei. Minha tristeza. Meu amigo de longa data partiu. Lanucha para os amigos. Um coração de ouro. Gente boa de ser e não de parecer.
Mermão, esta doeu hoje.

Sanzalando

23 de janeiro de 2019

vento frio

Olha só esse vento norte me fustigando que nem parece eu fiz mal a alguém. Apesar do tempo não ser favorável eu ponho-me no mar a navegar. Deixo-me ir de onda em onda, seguindo rumo ao sul. Zulmarinho me leva, sem rochedos nem remoinhos, sem tempestades e mar aberto sigo rumo a porto seguro. Deixei-me levar pela imaginação. Fui vento, fui onda. Cartografei minha mente de sonhos. 
Nem o vento frio me desliga.


Sanzalando

22 de janeiro de 2019

#comida


subjectividade adjacente

Neste invernoso frio, já com brisa em forma de vento, arrancando-me do sossego do meu canto, num levitar contra vontade, só posso dizer que desistir seria a coisa mais triste a dizer. Se eu desistisse seria a minha maior tristeza. Eu me pego com a vida, luto-lhe e tendo a entendê-la. 
Não vou falar moderno, não vou opinar que case mix e out came são mesmo assim uma língua que despercebo na totalidade. Eu vou só brigar com a vida e não lhe desisto. Seja a minha ou seja de outro qualquer.
Já sei, sou um irritadinho, uma peste de mau feitio, um briguento de coração mole e boca calada, mas lutador de marés vivas e tempestades. 
Na verdade o meu mundo, quem me rodeia, me viu assim e assim me mantenho e se algum dia mudar será para melhor. Subjectividade adjacente.
Este inverno está pesado de me levar em frente sorrindo, porem com tanta via sorrio.
Quando o inverno terminar alguém vai dizer: que alívio.

Sanzalando

19 de janeiro de 2019

Continuar sonhando

Faz frio mas o sol continua nascer todos os dias, mesmo que encoberto. Os dias continuam passando. O mundo continua a girar. O tempo continua a passar. Semanas, meses, até anos se passam enquanto a vida vai seguindo o seu rumo. Tento descobrir onde é o meu lugar. Tento olhar à frente para um futuro. Mas a verdade é que o caminho em frente só mais á frente eu vou conhecer. É difícil de ver e por isso tenho que o esperar. Não me vou sentir perdido nem desesperado por qualquer coisa.
Mas mesmo agora, depois de todo esse tempo que já vivi, às vezes cercado pela escuridão, ainda que vendo luz onde não pensei haver, pequenos sinais que brilhavam,  não o suficiente para iluminar o caminho, mas o suficiente para continuar,  continuar tentando, continuar lutando continuar sonhando.
Então é o que faço a cada segundo de cada dia.

Sanzalando

#caminhos


#caminhos


#imbondeiro


18 de janeiro de 2019

saudades do sol do sul

Olha  só como parece que está a nascer frio trazido por esse vento que ainda é brisa, mas vinda do norte. No meu sul deve estar sol de fazer cana estalar de seco. Me agasalho num aconchegado de lãs e outras vestimentas e me deixo levar por verões de outrora. 
Às vezes é difícil perceber porque é que a gente se magoou, porque é que a gente se deixou enrolar na tristeza, porque é que tudo acontece num desfazer do mundo, quando á nossa volta nada se modificou, a conversa é contínua, as palavras doces não saem, os sorrisos não se rascunham e parece a incoerência é sobrenatural.
Eu sei que é o inverno e que ele me trás a saudade do sol do meu sul. Eu sei sou humano e tenho sentimentos, às vezes tristes só porque sim, sou humano




Sanzalando

#caminhos


16 de janeiro de 2019

frio pensamento

Olha o zulmarinho parece está adivinhar chuva. Está bravo e as ondas a bater como dizia o livro da terceira classe. Mas eu me deixo ficar aqui a meditar faz de conta virei ermita desta falésia que tem como horizonte uma linha recta encurvada que une o zulmarinho ao zulceleste.
Eu caindo daqui é morte certa, dirão os estatísticos. Inexplicavelmente certa que é, há pessoas que vivem com ela. Uns já morreram e ainda não sabem, outras pensam que ela morre quando derem o último suspiro. Outros há que não acreditam que termine assim. O sofrimento continua nos que por cá ficam a lamentar a nossa partida. Certo certissimo é que a gente vive de mãos dadas com a morte e ela às vezes nos leva asssim. A morte é egoísta, aproveita um momento fragil e nos leva e ainda leva as nossas memórias. Ela não está minimamente importada connosco. Corta-nos os laços emocionais, recentes e passados e nós não temos liberdade de dizer não é agora. É assim, fruto da meditação, fruto do caos que a vida não tem valor. Há um momento que tudo acaba. 
Já sei, está frio e frio está o pensamento.

Sanzalando

15 de janeiro de 2019

#pordosol


#zulmarinho


#zulmarinho


#caminhos


#caminhos


#comida


assim se faz inverno

Continua sol porem a brisa acelerou e está a parecer é adulto vento a me despentear. Mas mesmo assim ainda aqui me mantenho a ver os meus pensamentos a serem ordenados por um computador interno de modo a não haver esquecimentos, misturas e contradições. Tento ser quaese perfeito, modo simoples de levar a vida, mesmo que rir é correr o risco de parecer tolo, chorar é correr o risco de parecer um ser fraco, expor-me em palavras ditas ou escritas carregadas de sentimentos é correr o risco de mostrar o meu verdadeiro eu, confiar é correr o risco de me decepcionar. 
Afinal de contas viver é o risco de morrer e amar é correr o risco de não ser correspondido.
Bem vistas as coisas os barcos estão mais seguros num porto ou em terra firme, porém não foram feitos para isso.
Bem vistas as coisas o inverno é tempo de limpar ideias e sonhos mas não deixar de viver.

Sanzalando

14 de janeiro de 2019

tanto amar me amou

Mantém-se o sol de inverno deste lado de cá do limite do meu olhar. Olhando esse mar que termina lá, até onde consigo olhar e que lhe chamo de zulmarinho faz tempo, mergulho nos sentimentos, desconstruo-os para lhes apreender a essência, moldo os pensamentos em cercas de defesa de modo a não pensar sem a razão, descubro-me em sensações de amor e me elevo para o superior de mim e sorrindo cantarolo músicas de alma e coração.
Não vou perder o fôlego, mesmo que o frio me congele a respiração, mesmo que o frio me divida em segmentos de conforto, mesmo que o arrepio me deixe sem pensamentos.
Como é bom este mar que de tanto amar me amou.


Sanzalando

11 de janeiro de 2019

#caminhos


marulhar em silêncio

Sentado, regelado pela brisa que vem do norte e entra zulmarinho dentro, levando os meus desejos para lá da linha que limita a minha visão, vou meditando, vou transportando os meus sonhos, vou criando memórias ao mesmo tempo que vivo a vida de hoje.
Não sinto saudade do toque do telefone, não sinto solidão no marulhar que me embala, não vejo monotonia na vastidão vazia que olho.
Em cada segundo eu vivo mais no amor que sinto, na felicidade do desejo e no encontrar de mim mesmo. É, não tenho outro jeito de ser. Cada instante é eu que vivo, vivo-o. Só mesmo este silêncio quebrado pelo marulhar me pode compreender.


Sanzalando

10 de janeiro de 2019

#pordosol


mudar o mundo

Madrugada me embala no cheiro de maresia, fria, sem vento porem brisa. Acho a areia tivesse capim ficava gelo, mas areia não deixa transparecer o seu frio. É mais reservada porém colorida. Mas aqui sentado, olhando o zulmarinho, deixando o pensamento navegar por cima desse mar gelado sabendo que lá é verão eu digo basta. A gente tem de ser séria. Não pode sofrer de ansiedade, isso é sofrer por antecipação, por faz de conta. Não, deixa só eu estar aqui sentado a olhar o mar e deixar o meu olhar atingir o limite da vista. Me deixa só aqui a controlar a minha própria vida. Me deixar só aqui sonhar com as viagens que fiz, com as fotos que tirei, com a vida que vivi e me deixa sonhar. 
Sei, não sou perfeito. Tento. Amanhã, logo se vê. A gente pode mudar e há gente que tem de mudar para depois poder mudar o mundo.


Sanzalando

8 de janeiro de 2019

#caminhos


#caminhos


o sol que brilha no frio

Mantém-se o sol que brilha no frio que se sente. Eu, sentado, medito. Tenho tão pouco para dar do tanto que já recebi. Acho me distrai e construí um mundo de papel que tenho medo caia no inferno e se cinze num ápice. Ver a vida a arder em segundos deve arrepiar. O futuro está cada vez mais próximo e eu não me vou arreliar com coisas pequenas de mim. Um segundo não é mais que isso mesmo e eu não vou perder tempo a pensá-lo. 
Não estou escangalhado nem impecavelmente passado a ferro nesta vida que vivi. Vou andando de mãos dadas, espalhando sorrisos e gargalhadas. Cada riso um brilho no olhar. Sempre a mesma pessoa tento. Dentro de mim transporto o amor que sinto. 
Neste mundo de papel, às vezes pardo, não tem lugar para raivas nem teimosias nem casmurrice. Tem lugar para viver e às vezes o lugar é pequeno ou está a ficar mais pequeno.
Me deixo levar pelo brilho do sol que brilha no frio.


Sanzalando

#zulmarinho


3 de janeiro de 2019

#comida


#flores


#ciencia


pessoal e intransmissível

Amanheceu e parecia tinha nevado. Era apenas frio. O frio que gelou o capim, o vidro do meu carro e a minha alma. Lá, do outro lado de mim amanheceu sol brilhante sem vento e mar calmo. Hoje, neste frio exterior, deu-me para perguntar se o que eu tinha vivido era ao que eu tinha desejado. Perguntei-me sem ponto de interrogação porque não queria, não quero responder e não sei se tenho resposta. Primeiro eu devia perguntar-me se eu tenho força para aceitar os meus erros, se tenho coragem para chorar as feridas que abri, em mim e nos outros. Em seguida devo perguntar-me se eu falo comigo e consigo imaginar meus futuros sabendo que cada vez eu estou mais na mesma distância dele. Após o que, se ficarem dúvidas, chegando a tardinha eu tenho força para ir passear o meu corpo descansando a mente num bem estar de tranquilidade marítima.
Depois destas perguntas sem interrogação eu me recordei que nunca esqueci o lugar onde a minha mãe deixou a minha placenta, mesmo falando dele sem melancolia ou doença de cabeça. Eu gosto da vida que vivi e não sei responder por outra vida que não a minha, esta pessoal e intransmissível.


Sanzalando

2 de janeiro de 2019

tempo de inverno

E o sol continua a teimar manter-se por aqui, inverno dentro. Eu, que tenho momentos que gosto de ser frio como tempo, gelado ou ventoso como tempo, fico no dilema: manter-me fiel ou contrariar o tempo.
Eu sei que nasci para ser adorável, adequado, coerente e sorridente. Nasci assim mesmo só para ser gente. Tenho como cópia de mim a transparência, o interessante e todo o tempo do mundo. Mas às vezes, por razões de tempo, me sinto superar as expectativas outras vezes nem consigo tê-las. Penso-me que não existo, sou um espaço entre o que me vêem e o que realmente sou. No inverno é tudo uma questão de tempo, mesmo que o tempo me dê as voltas que nem o tempo é ele.


Sanzalando

#zulmarinho


#zulmarinho