Amanheceu e parecia tinha nevado. Era apenas frio. O frio que gelou o capim, o vidro do meu carro e a minha alma. Lá, do outro lado de mim amanheceu sol brilhante sem vento e mar calmo. Hoje, neste frio exterior, deu-me para perguntar se o que eu tinha vivido era ao que eu tinha desejado. Perguntei-me sem ponto de interrogação porque não queria, não quero responder e não sei se tenho resposta. Primeiro eu devia perguntar-me se eu tenho força para aceitar os meus erros, se tenho coragem para chorar as feridas que abri, em mim e nos outros. Em seguida devo perguntar-me se eu falo comigo e consigo imaginar meus futuros sabendo que cada vez eu estou mais na mesma distância dele. Após o que, se ficarem dúvidas, chegando a tardinha eu tenho força para ir passear o meu corpo descansando a mente num bem estar de tranquilidade marítima.
Depois destas perguntas sem interrogação eu me recordei que nunca esqueci o lugar onde a minha mãe deixou a minha placenta, mesmo falando dele sem melancolia ou doença de cabeça. Eu gosto da vida que vivi e não sei responder por outra vida que não a minha, esta pessoal e intransmissível.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário