Deixo nascer o sol, prevendo que vai nascer um dia lindo. Os dias são sempre lindos desde que eu os possa apreciar.
O zulmarinho lá está no seu azul revolto, marulhando como um rugido de leão, espraiando-se como uma avalanche de espuma sobre a areia das mil cores que parece se gasta em praias curtas.
E eu medito. E eu deslizo pensamentos, uns sobre outros, num completo volteio da minha existência. Não me cobro assim tanto, não me encareço para desvalorizar. Já o universo está cheio de críticos, alguéns que gostam de julgar quando não passam de gente vestida sem roupas, nuas de cuecas e conhecimentos, vazias de sabedoria ou cultura. São as pessoas do inferno que infernizam as pessoas deste mundo. Eu, solidário da solidão voluntária, gordo de prazer e de vida, não olhando para audiência, apenas na vivência e consistência, sigo os pensamentos como forma de vida. Coerência na existência, mesmo nos dias maus de inverno.
Sanzalando
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