A Minha Sanzala

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28 de fevereiro de 2019

sopra vento norte

Como sopra o vento vindo lá do norte em direcção ao meu sul.
Respiro fundo. Me deixo levar pelo sopro. A minha vida não é esta, não é assim que me defino. As cicatrizes são isso mesmo, cicatrizes, feridas que sararam dos tombos que fui dando como todos os tombos fortuitos. Dei uma pausa, o tempo, medida, me fez parar e respirar. Usei o tempo a meu favor.
Há momentos em que a pausa, o puxar o ar para dentro, o respirar, faz soltar os pensamentos de lá de dentro, soltá-los entre dúvidas e inspirações e rebentar as bolhas da incerteza. Não deixo as feridas sangrarem mais do que o menos tempo possível, não levar as dores às costas nem carregar o mundo dentro de mim.
Com este vento que sopra do norte, que apaga as velas da escuridão, que despenteia os alinhados pensamentos, que consegue ultrapassar os problemas, cicatrizo as minhas feridas, ergo-me no meu pedestal e cabeça levantada entro nos melhores dias da minha vida.
Que me disse isto tudo assim caladinho foi o zulmarinho


Sanzalando

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