Olhei à minha volta e o sol brilhava que nem novo. Foi aí que, olhando no zulmarinho, me atirei às feras do pensamento e desatei numa luta de imaginações e outras constatações. Em algum lugar da minha cabeça eu acreditei em mim, no espaço que fui ocupando ao longo do tempo, em todas as coisas que me aproximei, em todas as conversas que me entretive, em todas as carícias que dei e recebi. O sol não brilharia assim se eu não estivesse aqui.
Na sombra, na penumbra ou na escuridão da vida eu também vi luz, mas não este brilho do sol que eu sinto junto deste zulmarinho. Se me perder eu me encontro, não me deixo soterrar por esses monstros pesadelos, essas disformes forças de dor e saudade.
Faz sol que não aquece mas brilha que até parece é dia de verão do lado de lá, do outro lado de mim.
Sanzalando
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