Outonomamente entra-se por um lugar menos brilhante do que há uma semana atrás, um toque cinzento no brilho do sol, um quanto baste de poeira celestial no ar. Eu sei que nós, os sonhadores, tornamos a vida mais leve e desviamos o peso de cada dia em prestações de luz armazenadas num passado para irradiarem-nos no futuro. Esses feixes de memória convertidos em luz são pontes de passado para o futuro, extensões de presentes constantes que apagam desagradáveis extinções de vida que gastámos em vivê-las.
Eu sei, estou paliativamente a entrar no outono, nas insatisfações de realidades virtuais.
Eu ainda veraneio-me outono a dentro.
Sanzalando
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