recomeça o futuro sem esquecer o passado

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26 de novembro de 2008

Procurando no Outono


Olho. Por acaso olho para o horizonte. Poderia estar a olhar para o céu, para o chão, para um dos quaisquer lados que o que eu veria era o mesmo. Olho apenas por acaso sem ver nada ao acaso. Afinal de contas eu só estou a olhar com o coração para ver se consigo ver o final duma estória que comecei. Não me apetece reescrevê-la inteira, não me apetece revivê-la outra vez. Afinal de contas só me falta escrever a parte final. E já me disseram que as coisas costumam estar mesmo à nossa frente e por isso eu olho. E olho para o horizonte que é o lugar mais longe que consigo ver. Já vi as luzes da memória, vasculhei curvas de tempo, pintei tracejados de presente e continuo a não ver o final da minha estória.
Deve ser do cacimbo mesmo estando um dia lindo de céu azul deste incerto Outono.


Sanzalando

1 comentário:

  1. Eu abanei um castanheiro

    Com duas pedras na mão,

    Tremeu o ramo cimeiro

    Caíram ouriços para o chão.

    EB1 de Alhais
    :):):)

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