Olho. Por acaso olho para o horizonte. Poderia estar a olhar para o céu, para o chão, para um dos quaisquer lados que o que eu veria era o mesmo. Olho apenas por acaso sem ver nada ao acaso. Afinal de contas eu só estou a olhar com o coração para ver se consigo ver o final duma estória que comecei. Não me apetece reescrevê-la inteira, não me apetece revivê-la outra vez. Afinal de contas só me falta escrever a parte final. E já me disseram que as coisas costumam estar mesmo à nossa frente e por isso eu olho. E olho para o horizonte que é o lugar mais longe que consigo ver. Já vi as luzes da memória, vasculhei curvas de tempo, pintei tracejados de presente e continuo a não ver o final da minha estória.
Deve ser do cacimbo mesmo estando um dia lindo de céu azul deste incerto Outono.
Deve ser do cacimbo mesmo estando um dia lindo de céu azul deste incerto Outono.
Sanzalando
Eu abanei um castanheiro
ResponderEliminarCom duas pedras na mão,
Tremeu o ramo cimeiro
Caíram ouriços para o chão.
EB1 de Alhais
:):):)