Hoje me disseram já não é Outono. Portanto hoje neva. Como meu corpo está aqui mas a minha mente não, vou fazer um exercício de memória. Vou escutar a neve a cair. Não é na marginal. É mesmo neve de imaginação. Escuta. É um sussurro branco, brando e cristalino. Se eu tiver muita imaginação, vou fazer nevar muito e depois vou fazer um boneco de neve. Para nariz vou usar uma cenoura para parecer o nariz do Pinóquio, porque é um boneco de mentira. Vou usar um saco preto para lhe fazer de chapéu assim me vai parecer uma mago das estórias do antigamente.
Hoje neva, porque hoje começa o Inverno.
Bebo um café quente, ponho uma manta sobre as pernas, abro um livro que me leva aos tesouros escondidos da minha imaginação, na companhia do meu boneco de neve que não existe.
Hoje neva, porque hoje começa o Inverno.
Bebo um café quente, ponho uma manta sobre as pernas, abro um livro que me leva aos tesouros escondidos da minha imaginação, na companhia do meu boneco de neve que não existe.
Sanzalando
Um livro que já não lembro título nem autor falava dum menino que aquecia o Inverno bebendo café e debicando as bagas silvestres que colhera no Verão. As mesmas bagas que no estio de Agosto ele temperava com colheradas de neve que desde Dezembro conservava escondida no fundo do congelador.
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