De memória vejo a minha Pitangueira. A minha pequena Pitangueira que espero ainda tenha as suas seis flores. Hoje não lhe vi com olhos de ver verdadeiros, mas só com os olhos da recordação. Afinal de contas eu até sei que tenho estes como bons olhos. Mas será que há ainda quem tenha bons olhos para ter a paciência de me ouvir, de me ler ou de saber que é que este amontoado de letras quer dizer? Revendo cada galho da minha pequena Pitangueira dou comigo a pensar que se calhar eu cumpri todos os passos da decadência sem ter perdido o gosto de estar aqui a dizer coisas. Eu ainda tenho uma ideia. Eu ainda tenho um sonho. Mas o tempo, os compromissos não me deixam ter a ideia de como terminará a ideia e de como finalizará o sonho. Afinal de contas se calhar eu tenho a ideia que foi nunca ter começado e o sonho que nunca termine.
Se alguém me ouve eu agradeço.
A minha Pitangueira um dia vai deixar de ser pequenina e vai dar sombra para eu me sentar sob a Pitangueira e recordar-me do sabor duma Pitanga
Se alguém me ouve eu agradeço.
A minha Pitangueira um dia vai deixar de ser pequenina e vai dar sombra para eu me sentar sob a Pitangueira e recordar-me do sabor duma Pitanga
Sanzalando
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